sexta-feira, março 03, 2006

(não aconselhável a espíritos sensíveis ou deprimidos)

Hoje levei um "lambada" que nem vos passa pela cabeça. Após alguns dias baralhados, decidi hj que ia levantar a cabeça a sorrir novamente para a vida que ela haveria de sorrir de volta. Estou eu nestes pensamentos quando, logo pela manhã, me deparo com um cenário tristíssimo. Vi diante de mim uma pessoa a morrer. Um senhor atropelado numa passadeira estava deitado no chão, semi despido, a ser reanimado pelos bombeiros cuja expressão era nitidamente desesperançada. Depois de ser obrigada a saltar por cima do sangue do senhor que jorrava rua abaixo, quando voltei a olhar para o local já só vi um saco de plástico.
Enquanto o comboio avançava abateu-se sobre mim tudo o que acabara de assistir. No meio de uma multidão curiosa, morria uma pessoa com tudo o que a isso está inerente. Senti-me perturbada e triste, como acho que qualquer pessoa se deve sentir quando outro morre. Porque a morte só por si me parece sempre triste. Bem talvez no caso do Pinochet eu abra uma excepção, não que queira que o senhor morra, mas não sinto qualquer tristeza com o acontecimento.
E enquanto o comboio persistia, eu pensava quem seria aquele senhor, iria para o trabalho concerteza e parei ao pensar no sofrimento que aquele acontecimento vai causar em alguém e detive-me.
resta-me a esperança de esperar que aquele senhor tenha cumprido na vida aquilo que queria.

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