7 kilometros depois
E eis que regresso ao meu blog, com menos peso, mais cansaço e com mais sete kilometros de andamento.
Pois é, eu fui uma das 36000 pessoas que ontem (leia-se domingo, isto foi escrito na segunda) me aventurei na ponte 25 de Abril a pé.
Há já três anos que não fazia a mini-maratona de Lisboa e no fundo, tinha saudades.
Costumava faze-la a correr, sozinha, ficava normalmente dois ou três dias sem andar mas sentia sempre grande alegria. Não sei se pelo facto de fazer algo que ninguem esperava que eu fizesse, não sei se pelo facto de conseguir concretizar um objectivo a grande custo, não sei se pelo espírito da própria prova, a verdade é que eu adorava fazer aquilo. Entretanto nestes últimos anos deixei-me disso por motivos mais de saúde que outra coisa.
Este ano, exactamente pela necessidade de renovação que precisava, lancei o desafio a alguns amigos de quem me queria acompanhar nesta empreitada. A pé obviamente, que isto de correrias já não é para mim e duas malucas (que eu adoro mas que por isso não deixam de ser malucas) aceitaram o meu convite e aí fomos nós.
Para elas as duas era uma estreita. Tudo começa logo pelo madrugar, sim porque a corrida começa às 10 e meia mas os nossos despertadores aindam marcavam a hora sexta quando nos levantamos, numa que por si só já nos roubava o sono.
Aí fomos nós todas lampeiras para os transportes que, por inédito que seja, estavam cheios num domingo de madrugada, com malta toda numerada, muito ao jeito daqueles fimes futuristas em que as pessoas deixam de ter nomes para ter números.O mais engraçado, é que apesar da hora e da enchente, ia tudo bem disposto e ninguem se queixava de fazer a viagem de pé no comboio da ponte. Tirando, claro está, nós! Ah pois é! Que isto de madrugar, andar de transportes em pé sem pequeno almoço nem café não é facil e não é para todos! Correr 7 kms ainda vá que não vá, agora aguentar mais de uma hora de transportes cheios sem café, há mínimos!!! Claro está que quando chegamos à estação do Pragal já eu estava pronta para comer braços e pernas de quem se atravessasse à minha frente.
Depois de repostos os níveis de cafeína do sangue, aí que fomos nós fazer a bela da caminhada desde da estação do Pragal até ao garrafão da ponte.
Porém, para aqueles que pensavam que a nossa rabugisse acabava no café, surge o engano. Começou então as reclamações, pois que o garrafão é longe como o caraças e nós nem fomos lá para andar nem nada.
Chegamos à partida e temos outro grande momento do dia, a animação do aquecimento. E eis que em pleno garrafão apertadas por entre familias completas que decidiam passear por entre as pessoas e grupos de amigos sentados, nos pusemos a dançar só para que as pernas não começassem logo a doer.
Deu-se então a partido e aí fomos nós. Foi então que nos vimos num dilema, uma queria andar, a outra queria parar em todos os metros da ponte para tirar fotos e a outra só queria andar para ver se aquilo acabava. Lá fomos andando aos bochechos sendo ultrapssadas por tudo o que mexia, desde os senhores das próteses da anca até os carrinhos de bebés!
Já na descida da ponte, onde já não valia tirar fotos, lá recuperamos o andamento e ultrapssamos 4 carrinhos de bebé e as meninas da t-shirt "por amor à camisola".
Bem, mal ou bém lá acabamos por chegar, duas horas e seis minutos depois, mesmo depois do engarrafamento no posto de abastecimento.
Umas cansadas e outras com sede, a verdade é que ficámos satisfeitas pela nossa conquista.
Para o ano aqui vamos nós! ;)
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