segunda-feira, novembro 08, 2004

como foi evidente, estive ausente por uns tempos, pretendo agora retomar aquilo que deixei a meio... contudo deve desde já avisar que por motivos técnicos esta retoma ainda não será diária.
nem sei mto bem por onde começar, muitas ideias pensamentos e emoções me atravessaram nos últimos tempos e algumas houve, que me apeteceu terivelmente partilhar convosco, mas com o tempo lá chegares.
Para (re)iniciar, deixo-vos com a ideia do momento, já pensaram alguma vez em ler os clássicos portugueses?
ontem por uma questão de teimosia com um amigo dei cmg a folhear o meu livro de português do 12º ano e senti uma ânsia de reanimar todos aqueles autores que me pareceram por demais actuais e interessantes (para além de ter a sensação que hoje em Portugal não se pensa tanto nem se escreve tão bem como no ínicio do século passado, mas isto já é a minha má língua a falar!).
por um lado as revindicações sociais e políticas são por demais contemporâneas,continuamo-nos a revoltar com o sistema político e com os seus autores, continuamos a sentir injustiças sociais atrozes, continuamos a ver pessoas que parece que Deus se esqueceu delas.
mas se não formos motivamos por estas questões a ler os clássicos, podemos sempre constatar que as emoções, as angustias e os medos humanos são universais, independentemente do tempo e do espaço, tive essa certeza ao ler os antigos, mas também ao ler os distantes (já agora experimentem ler o cry the beloved country do alan patton).
ao ler os poemas do Pessoa na versão Álvaro de campos percebo que o ritmo frenético e alucinante em que entrámos no séc XX, parece não ter fim e como consequência, o mundo também para nós é rápido, isolado e fragmentado...
bem, espero ter-vos aberto o apetite, a mim abriu conceerteza.
Sarava...