sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Tal como meio mundo, fico chocada e arrepiada cada vez que vejo as notícias nos últimos dias. É quase inacreditável que um grupo de jovens tenha morto uma pessoa só porque sim...
Porém, tal como já ouvi em vários sítios, talvez fosse importante pensarmos quem são estes jovens e que papel temos nós neste crime... Que levou estes miúdos a este crime...?
Li hoje um texto, que achei muito bonito e bem escrito a este propósito, deixo aqui alguns trechos mas recomendo vivamente que vão ler o original.

"A verdade é que a homofobia pode mesmo levar alguém a matar. Não me venham dizer que os suspeitos esclareceram que não tinham intenção de matar, porque não é disso que eu estou a falar. A homofobia dos suspeitos levou-os a agredirem e insultarem frequentemente a vítima, com total desprezo por ela, humilhando-a e inferiorizando-a, provocando-lhe dores e maus tratos. Em suma, o que mói também mata: na terça-feira, a súmula dos comportamentos motivados pela homofobia resultou em morte - é disto que eu estou a falar.
(...)
Talvez esteja na hora de nos olharmos ao espelho. Talvez já vá sendo tempo de cada um de nós compreender que uma sociedade na qual se integram sujeitos que nutrem ódio pelos outros é também ela odiosa. A sociedade não é mais do que o conjunto de todos nós, embora sirva de consolo a alguns atribuir as responsabilidades a essa entidade que julgam incorpórea, a tal da "sociedade". Dá jeito, sim, mas não deixa de ser mentira.E por ser mentira é que cada um de nós deveria sentir vergonha pelo sucedido ontem. Mas mais do que vergonha, deveríamos todos ser inquietados pela culpa, porque todos temos responsabilidade pelo sucedido ontem, pelo que sucede todos os dias na vida daqueles que são alvos dos sentimentos execráveis que somos capazes de nutrir pelo outro."
Mente Assumida em www.assumidamente.blogspot.com

vão ler o riginal que vale a pena, chama-se "ao espelho"
beijos

um dia mau!

Hoje o dia foi uma autêntica m****!
Não fiz nada de jeito, não cumpri os objectivos que queria, virei-me do avesso, fiz cenas e birras absolutamente parvas que mais parecem resultado de hormonas descontroladas do que minhas mas enfim!
O pior disto tudo é que eu até estava bem disposta, não tinha dor nenhuma impossibilitante, simplesmente é o dia!
O que vale é que chegada a noite, veio com ela o bom humor!
beijos

Ps-Já mencionei que adoro within temptation...? Este mother earth dá-me a volta, adoro isto!!!! Ontem fiquei especada em frente a um plasma num hipermercado porque puserem o dvd dos wt a tocar para exemplificar a boa imagem e o bom som! E eu ali feita parva!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

que dor!!!

eh pá está-me a custar tanto desfazer-me das minhas barriguitas!!!!!!
Eu devo ter uma perturbação qq estranha! Custa-me tanto desfazer destas coisas.
Acho que o cúmulo são os livros escolares...É facto que eu sempre gostei de estudar, mas também isso não justifica o apego aos livros. A verdade é que eles foram meus companheiros de enumeras viagens por vários sítios e tempos. Suscitaram a minha curiosidade e raciocíno. Como nos podemos separar de tão grandes amigos? Sim, porque no meu livro da 4ª classe diz que os livros são nossos amigos e eu levei isso demasiado à letra!!
Se hoje sou o que sou é devido aos meus livros de português, filosofia, ciências, matemática, meio físico e rural.... é devido às minhas barriguitas, às notas que tive, às brincadeiras que tive, às relações que estabeleci.. Como largar isso tudo?

remodelações

Porque as remodelações têm destas coisas, hoje fui buscar uma caixa, em jeito de baú, onde tinha guardadas coisas do passado. Desde fotos, a poemas que escrevi e que me escreveram, passando por medalhas, cartas e todos os bilhetes que troquei enquanto andava no liceu. Para além de muito pó, todos aquelas peças reportam a pedaços da minha estória pessoal que para grande espanto meu é muito maior e com muitos mais "recantos" do que eu imaginava ou lembrava.
Rever todas as marcas do passado, fez-me lembrar muitos momentos. Claro está que houve alguns que passei a correr, que as mãos até tremiam na tentativa de os encerrar novamente e outros em que demorei prazerosamente.
A vantagem de revisitar o passado é que acabamos por o rever por outros olhos, acabamos por o descobrir de outra forma e isso acaba por ser delicioso.

sábado, fevereiro 18, 2006

Brokeback mountain

Lindo, lindo, lindo filme!!!
Absolutamente delicioso. Gostei mesmo muito, acho que mexe com algo que nos é inerente que aquilo que acreditamos ser o Amor.
Como diz um dos críticos do Expresso, parece que com o desenrolar do filme a angústia das peersonagens vai aumentando até que parece que nos sufoca.
Não só por ser um grito contra o preconceito, mas por ser um hino às relações e à sua complexidade, aos afectos e amores, definitivamente um bom filme.
By the way, aproveitem para ver as reacções das pessoas nas salas, no meu caso, variou entre a risada na primeira cena de sexo e o silêncio sepulcral no primeiro beijo em que se expressou real afecto.
beijos

os pequenos prazeres da vida...

há poucos dias na companhia de uma boa amiga confrontei-me com essa verdade inabalável de que são os pequenos prazeres, e muitas vezes pecaminhosos, que nos fazem efectivamente felizes!
Posso-vos enumerar alguns dos prazeres: um belo dia de sol acompanhado de uma agradável leitura numa esplanada igualmente solarenga, uma visita a uma das cidades que mais adoro, passear de carro, uma torta de laranja caseira... um gelado caseiro!!!
Mas confesso que o prazer que realmente abalou os meus sentidos foi voltar a andar num dos barcos do Tejo.
Tudo me extasiou, o balançar do corpo que mais parece massagem, a magnitude e a beleza da cidade de Lisboa, a sensação de nos estarmos a abeirar de uma cidade que se estende até ao rio, o cheiro...
Talvez seja porque cresci a andar naqueles barcos e a eles associo alguns dos melhores momentos da minha vida, talvez porque nos meus genes transporto marinheiros e mar, talvez porque me identifico com a melancolia alegre e só de uma viagem sobre a água, seja ela mar ou rio. A verdade é redescobri naquele momento um prazer quase visceral, de interno e espiritual!