quarta-feira, junho 29, 2005

Todos nós temos os nossos momentos e eu tenho os meus... Tenho alguns é que me é díficil aceitar certas características da essência humana.Não é que não a entenda (às vezes sim, às vezes não), nem é que não consiga lidar com ela, mas simplesmente há alturas em que não quero entender e lidar e quero apenas revoltar-te e indignar-me.
Há coisas que me perturbam, umas mais que outras e há duas que particularmente me atormentam. uma é a discriminação, outra é o fénomeno do "umbiguismo"(também conhecido como egocêntrismo). a isto se acresce a maldade que acaba por ser transversal a tudo isto.
Nunca consegui perceber muito bem este fenómeno das classificações e dos grupos. Todos sabem que sou uma obcessiva pro definições e "gavetas", sou adepta de um clube, sou bairrista, patriota, etc etc etc. Nunca por nunca isso fez com que não quisesse ver o outro lado do "rio", nunca por nunca isso me fez odiar alguém, nunca por nunca isso me fez querer mal a alguém. Nunca por nunca, a minha necessidade de gavetas me fez desacreditar a fluidez da ambiguidade.
Sinceramente doi-me no mais profundo de mim perceber que as pessoas não conseguem conviver com as diferenças, com as ambiguidades, com as incertezas.
E acho que isto se faz sentir a diversos níveis, às vezes de forma tão subtil... há aquelas discriminações visíveis e famosas (que não deixam de recrimináveis), a dos negros, a dos homossexuais, a dos ciganos, gregos e troianos. E depois há aquelas que para mim são as mais curiosas, a dos negros contra brancos, amarelos, fenícios whatever, a de homossexuais contra heterossexuais... a de negros contra homossexuais... e poderia continuar esta lista de forma infindável, porque na realidade todos nós descriminamos alguém em qq momento e mtas vezes nem damos por isso.
e tudo isto por causa dos mecanismos de grupos e do instinto gregário, que a Psicologia explica mas que honestamente neste momento me estou a cag**! o que enfurece são mesmo as consequências de tudo isto, desde ódiozinhos de lana caprina que qd damos por eles são verdadeiros monstros em bola de neve.
Desculpem-me mas de facto neste momento estou desiludida com todos nós...

segunda-feira, junho 27, 2005

lembrei-me de ti...

Li isto e lembrei-me de ti amiga...

"O meu juiz supremo (...) obrigou-me a ficar sentada às escuras. (...)
Fecho os olhos para não ver, mas os meus ouvidos vêem aquilos que os meus olhos recusam a olhar. Tapo-os. Noão quero ver nem ouvir aquelas sombras e respirações. Devem estar tão perto, tão perto, que me parece senti-las roçarem os meus braços, as minhas pernas. Sacudo o corpo para as enxotar. Nunca me fizeram mal mas não sei quem são, nem o que querem de mim. Por isso tenho medo.
A única pessoa a quem contei isto foi a Catarina. Ela não se riu. Acredita no meu segredo apesar de nunca ter sentido nada parecido. (...) "Podem ser anjos. os nossos anjos da guarda. A respirar e a bater as asas à nossa volta", diz ela. " os anjos da guarda são bons. não tens de ter medo."
Abro os olhos e destapo os ouvidos. Sim, pode ser, talvez sejam anjos bons. Não. Não consigo. Sinto o coração bater com muita força. O medo entoa de novo o seu canto inquietante. Tapo mais uma vez os ouvidos, fecho bem os olhos."

in Agradece o Beijo de Ana Zanatti

A Flauta...

«"A Flauta guarda as chuchas de todos os meninos da vila. Se eles quiserem podem ir lá pedir-lhe mas até hoje nenhum foi."
Pois não. Quem se atreveria a chegar perto daquela mulher de mil saias esfarrapadas e xailes a roçar o chão, sobre os quais se desgrevam longos cabelos cor de pimenta? Flauta ou a Bruxa dos Brigantes, como alguns lhe chamavam, arrastava acumulada nos pés a poeira dos anos. Quase todos as temiam. Uns, por a acharem louca e estranha. Outros, por desconhecerem as origens da sua indiscreta sabedoria.
De olhos permanentemente cerrados, dizia-se que tinha a visão no estômagoe que daí lhe saíam vozes surpreendentes. Uma bruxa conhecedora de muitos mistérios da natureza e dos homens, em permanente conversa consigo mesma ou com interlocutores imaginários. Tempos houve em que fora uma mulher respeitada pelos seus presságios, até ao dia em que se negara a aceitar uma pequena fortuna pela vendo dos terrenos, onde se erguia agora o complexo fabril e um bairro de prédios que avançava ameaçador comendo os eucaliptais.»

In Agradece o Beijo de Ana Zanatti

o castigo da celticlight

Bem pessoal então é assim: a parvalhona da acid pig (sim, estou-lhe com raiva), nem me deu hipóteses de a ganhar, pelo que já acabou o livro em período em que NEM SEQUER ERA SUPOSTO PEGAR-LHE!!!!! contudo de facto é a vencedora. tendo em consideração isto, o que eu lhe disse é que consoante aquilo que propuserem, cumpro o meu castigo ou não! por isso a ideia agora é, pensarem num castigo, mas neste caso já tendo em consideração que é para mim!! imaginem bem e mandem sugestões. conto convosco!
beijinhos grandes

a perdedora celticlight

ps- por favor não me façam gastar dinheiro :S

quinta-feira, junho 23, 2005

chamada de atenção!!

Pessoal apesar dos novos posts continua a apelar-se à participação no desafio lançado! Celtic vs Acid Pig!
participem com ideias! e podem sp fazer apostas caso queiram!
beijinhos a todos

Água

Aqui vai uma música que ouvia quando era míuda e adorava!!!
Como o poema também é fantástico aqui fica!

Água
Pus-me à noite a ouvir o mar
sentado na pedra sentado na areia
e senti uma barcarola criar devagar
esta melodia
tinha a crista e vaga desta vaga história
d'arte marinheira
luzia na prata mais rica,
mais rica mais rica que havia
e aquele pensamento d'ir e voltar sempre
que há na maresia
fez subir da água, dessa água toda, cem mil caravelas
era mais que o mar mais que a vida toda
quem ali fervia
e foi muito mais que um homem com guitarra
quem soltou as velas
tive ali a consciência
tinha ali a história toda
tinha ali um povo antigo
a cantar comigo uma canção de roda

Mergulhei da praia nessa história grande
de alma derramada
falei com mareantes e conquistadores
gente aventureira
crepitei nas ondas marés de ida e volta
partida e chegada
cortei fundo a crista do gume das vagas
duma vida inteira
mas daquele mar fundo fundo mar que lá fica sempre
trago só lembranças e um saco de tempo
s'é que o tempo presta
quem disser que o viu que o compreendeu
ou se esquece ou mente
pois no fundo hoje a raiva que ficou
é tudo o que nos resta

Tive ali a consciência
tive ali a história toda
tive ali um povo antigo
a cantar comigo uma canção de roda

(música e letra de Pedro Barrosoin LP "Roupas de Pátria, Roupas de Mulher", 1987)

quarta-feira, junho 22, 2005

um desafio...

ok pessoal, hoje tenho um desafio a propor e vocês vão ser nossas testemunhas.
Acid que tal se concorrermos para ver quem acaba primeiro o livro?? ;) siga numa aposta?
quem perder.... pode.. não sei... deixa cá ver... já sei!!!!
caros leitores do blog, proponham vocês o que acontece a quem perder esta aposta. Tenham apenas em consideração que nem eu nem a acid estamos a nadar em dinheiro e que sexo tb não vale pq ambas não podemos lol de resto, porponham que depois votamos a melhor proposta.
Claro que para tudo isto é preciso que a acid aceite o desafio, o que ela vai fazer, né gaja boa? :)))
já agora o livro em causa, é o Agradece o Beijo, o mais recente romance da Ana Zanatti!
beijos e participem!!!

terça-feira, junho 21, 2005

só para dizer que o facto de o texto anterior estar dividido em dois takes é exactamente para encorajar à leitura em pedacinhos. Peço desculpas por o texto ser tão grande, mas gosto de pormenores.
beijos a todos

take II

take II (after dinner)
Como devem imaginar andei em estado de graça durante uns dias, com as minhas recentes descobertas. Não só aquela senhora tinha sido generosa num gesto simples face aquele rapaz independente de tudo o resto, como, à excepção do rapaz à minha frente, vimos todos tranquilamente no comboio, sem grandes receios, numa convivência pacífica. Não vi nínguem mudar de carruagem por medo ou incomodo, não vi nínguem particularmente mal-disposto ou assustado. Parecia que tinhamos encontrado um equílibrio nas diferenças. Para vos ser muito sincera, as diferenças, a mim nunca me fizeram diferença (permitam-me a redundância). qualquer tipo de diferenças, aceita-as e gosto de ver um mundo colorido de contraste (sim sou fã dos anúncios da benetton,são delicosos!). Mas confesso que me faz confusão aqueles cuja diferença, faz diferença.
Retomando, andava eu neste estado de graça quando vejo os acontecimentos que considero bárbaros na praia de Carcavelos. Quando vi as imagens, a primeira imagem que me ocorreu foi dos ataques tribais, em q se vêm homens semi-despidos com paus e catanas na mão a correr em filas contra o inimigo.
há uma imagem que me ficou muito presente, em que se vê um grupo numa roda e não se percebia o que estava no meio daquele "moche", só pensei "deus queira que não estivesse ali nínguem".
Depois imaginei-me na praia, como ficaria se visse aquela gente a correr na minha direcção daquela maneira? e consegui ver mães em pânico, crianças assustadas e coisas do género. Odiei a sensação. Assim que me apercebi do sucedido, deu-me uma dor de alma. Estava muito perto de Carcavelos quando o arrastão se deu, apercebi-me quando vi pessoas a passar por mim muito sisudas a dirigirem-se para os carros, estranhei porque era cedo para as pessoas voltarem para casa, mas só quando cheguei a casa e vi o noticiário, percebi porque vinham sisudas e silenciosas. Vinham com medo!
E depois disto como ficamos?
E depois disto, os meninos do arrastão eram semelhantes aqueles do comboio e os meninos do arrastão também vinham de comboio..
e agora...amanhã, como será no comboio?
Nos dias a seguir, na rua, as pessoas não se desviam do seu caminho quando viam um negro, mas sentia-se aquele mal-estar no ar...
De repente, senti que uma falta de esperança terrível, começaram novamente os comentários xenófobos por todo o lado, já há até manifestações nacionalistas da frente-direita. e a verdade é que contra factos não há argumentos, daqueles ditos 500, provavelmente quase todos eram negros. Não quero obviamente com isto dizer que acho que tem a ver com a cor da pele, longe disso, quer dizer que se torna mais difícil defender a igualdade na diferença. quero com isto dizer que aqueles 500 merecem o nosso repúdio, não pela cor da pele ou nacionalidade, mas pela crueldade dos seus actos e por terem colocado em cheque todos aqueles que sendo negros não têm nada a ver com isto.
Parece que a balança desafinou e que o equílibrio tão desejado foi novamente catapultado para um sonho ou um futuro...

a minha visão do arrastão de carcavelos...

há já algumas semanas vivi um episódio, que hoje, após recentes desenvolvimentos me parece um pouco surreal.
No fim de semana anterior ao do arrastão na praia de Carcavelos, tive de fazer uma viagem num comboio da linha de Cascais a um sábado (algo que devo dizer-vos detesto, fds é descanso até de transportes públicos) e vinha eu sossegadita junto a uma janela a ler (como sempre) sem que nínguem desse por mim, quando se sentou um senhor com uma mal evidentemente com um portátil, à minha frente. Até aqui nada de novo. Quando chegamos a Algés, entrou um grupo de 4 jovens, dois rapazes negros e duas raparigas brancas. Pelo traje, aspecto e comportamento vinham concerteza dum daqueles bairros problemáticos cujas camionetas param em Algés. Mas vinham na boa, continuei calmamente a ler como sp faço. eles deveriam ter todos cerca de 16 anos, um dos rapazes era muito forte e musculado, vinha cheio de estilo para a praia e pareceu-me desde logo liderar as operações. Eles encontraram um "sócio" e sentaram-se no outro lado da carruagem. Nisto entraram também em Algés outros dois individuos negros, estes vinham com sacos enormes e pesados numa mão e a bela da mini na outra e ficaram no átrio do carruagem.
Vindos nem sei bem de onde entrou um grupo de cerca de 10 rapazes, também eles de um bairro dito problemático. Vinham brancos e negros, todos com o mesmo comportamento, ocuparam toda a parte da carruagem onde estavamos. Nisto já o senhor á minha frente estava verde,agarrado ao computador, com um ar aflitissimo com as sobrencelhas arqueadas a olhar para mim. Mas os rapazes estavam mais preocupados com o "picas" do que com ele (este poder do picas ainda hoje me intriga, eles eram imensos, provavelmente umas pestinhas, mas o picas que mtas vezes é um homem de meia idade, gordo e bêbado que mal pode com ele pp, é causa de stress para esta malta).
Entretanto esta malta toda estava alegremente a confraternizar, já uns pediam goles da bejeca ao sócio dos pesos, sem se conhcerem, mas é na boa (isto não é relevante para o relato mas axei piada lol)
Chegando a Caxias, uma senhora de meia idade branca pega nos materiais da praia e dirige-se para a porta. O dito rapaz "líder" dirige-se à senhora e pergunta-lhe se aquela praia era boa. ao que ela responde "oh filho, não sei mas eu gosto. Acho boa e tranquilo". E eu que estava calmamente a ler sobre tias de cascais (reparem a ironia) levantei os olhinhos, pq o tom maternal desta mulher a falar com este míudo de susto chamou-me atenção. e axo q ao pp míudo também que ficou muito espantado a olhar para ela. Para aquela mulher aquele míudo, era simplesmente isso mm e não o ar de mau que ele estava a tentar mostrar, mas era também um "filho" como outro qualquer. E nesse momento tive a confirmação daquilo em que já acredito há muito tempo, é que os portugueses no seu sentido mais geral e mais popular, não são um povo racista. naquele momento senti a voz de um povo a falar através daquela mulher e senti um orgulho muito "nacionalista" (novamente a ironia das palavras). Lembrei-me logo de um ditado que o meu pai me ensinou é que Deus criou o branco e o negro e o português criou o mulato (levem isto na melhor acepção da palavra).
Nisto o rapaz chama o grupo para saírem, mas ficam indecisos, ao que os outros 2 da cerveja começam a mandar bitaites sobre se eles devem sair ou não. Discutiam entre eles qual era a melhor praia se aquela, se Carcavelos. O rapaz fica indeciso e mete um pé fora do comboio, deixando um lá dentro. Acaba por sair. não vos sei explicar que cara fez ele durante a indecisão, só sei que achei um piadão aquilo que quando ele finalmente saiu soltei uma risada que, por sinal, se ouviu em toda a carruagem. Só senti um oceano de olhares a desabarem-me em cima. Todo aquele gang da carruagem olhou para mim com um olhar inquisidor, numa tentativa de perceber se eu me ria dum congénere, quando na realidade eu só me ria de uma expressão humana de indecisão que me pareceu cómica. Não esquecendo o olhar fulminante que o rapaz à minha frente me deitou por eu ter chamado a atenção para aquele sítio (sim porque até aí, nínguem tinha mesmo dado por nós, nem mesmo o rapaz que se sentou ao nosso lado, eu ia a ler e o outro ia calado que nem um rato armado em invisível).
Bem tirando o facto de termos visto uma pessoa morta na linha nesse dia, o que causou descrições aguçadas nos rapazes e expressões de nojo nas raparigas, o resto da viagem decorreu normalmente).
E o que é q tudo isto tem a ver com o arrastão de Carcavelos?
(deixemos para o take II)

sábado, junho 18, 2005

the lake

aqui há uns tempos, umas pessoa que amo muito mandou-me esta música, na altura na ouvi logo, só a pude ouvir dias depois e fiquei atónita quando a ouvi. Há muito que nada me surpreendida e extasiava desta forma. Não vos sei explicar a ligação que estabeleci desde então com esta música, só sei que tenho de a ouvir sempre, independentemente do humor, do momento... Não sei se é voz (há muito que não ouvia nada tão bonito), se é o piano, se é a alma do cantor... não sei...
não sabia quem o nome da música, dei comigo na net à procura do site deles e quando o axei, não achei esta minha música, fui então à procura letra por letra e achei o the lake. Como achei o poema, também ele maravilhoso deixo-vos aqui...
(o site deles é http://www.antonyandthejohnsons.com/)

The Lake
( The Lake EP / Edgar Allen Poe )

In youth's spring, it was my lot
To haunt of the wide earth a spot
To which I could not love the less
So lovely was the loneliness
Of a wild lake, with black rock bound
And the tall trees that towered around
But when the night had thrown her pall
Upon that spot as upon all
And the wind would pass me by
In its stilly melody

My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake

Yet that terror was not fright
But a tremulous delight
And a feeling undefined
Springing from a darkened mind
Death was in that poisoned wave
And in its gulf a fitting grave
For him who thence could solace bring
To his dark imagining
Whose wildering though could even make
An Eden of that dim lake

But when the night had thrown her pall
Upon that spot as upon all
And the wind would pass me by
In its stilly melody

My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake

Springing from a darkened mind
So lovely was the loneliness
In youth's spring, it was my lot
In its stilly melody
An Eden of that dim lake
An Eden of that dim lake
Lone, lone, lonely...

quarta-feira, junho 15, 2005

não resisti...

ok.. não resisti a só um post.. curtam:
Maya
"SAÚDE: Dia pouco facilitado na saúde; tome cuidados especiais com os intestinos.AMOR: Sentirá várias barreiras e dificuldades numa relação que acabará contudo por sair fortalecida. DINHEIRO: Sentirá que as coisas não correm exactamente como desejaria mas o momento não favorece mudanças.HORA MAIS PROTEGIDA: 20h às 22h"

sinceramente a Maya para dizer isto mais vale estar calada!!!!
DIA POUCO FACILITADO NA SAÚDE!!??? digam à gaja que estou podre, pouco facilitado é eufemismo, muito "eufemismado"!

Ma Helena Martins (a do "meu anjo")
"Carta do Dia: A Temperança, que significa Equilíbrio. Amor: O carinho que sente pelos seus amigos estará muito evidenciado. Saúde: Poderá sofrer de uma otite mas não é nada de preocupante. Dinheiro: O seu trabalho será elogiado e muito recompensado. Número da Sorte: 14"

carta do dia equilibrio? lololololololol
pessoal sintam-se acarinhados
bem não é otite, mas de facto não é preocupante!
Como é que o meu trabalho irá ser elogiado e mto recompensado se não estou lá??????

Last but not least, Paulo Cardoso:
"É provável que a sua atenção esteja mais centrada em si. Contudo, evite atitudes egocêntricas e procure ouvir os pontos de vista das outras pessoas"

confesso que qd li isto não consegui parar de rir.. de facto hj estou mto centrada em mim, é verdade!lolol
ok.. foi só pa partilhar convosco o meu momento hilariante qd li o meu horóscopo do dia!
beijinhos :)

:S

bem pessoal vim só dizer que todas ideias de posts q tinha para hoje, que falei ontem, vão ter de ficar para amanhã pelo motivo de completa podridão da bloguista de serviço. beijinhos e portem-se bem ou mal, consoante o gosto :)
ps- msg de tlm a dizer o qt sou fofinha e linda, são benvindas hj! :)

terça-feira, junho 14, 2005

minha laranja amarga e doce...

(não resisti)

não sei se a minha playlist me lê os pensamentos mas às vezes parece... volta e meia põe a tocar esta música que adoro... deixo-vos aqui a letra porque acho uma delícia!

Cavalo à solta
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos
(aconselho-vos a versão da Mafalda Arnauth)

até amanhã :)

bem tinha mais um monte de ideias para posts que NÃO quizs, podem ficar descansados!lol
mas fica para amnhã que também é dia! beijinhos a todos

não há maneira de me livrar desta gaja...


Which Rock Chick Are You?

e aqui vai mais um...

hoje estou entretida com os quizs
aqui vai mais um...

ok, é um facto, estou viciada no desperate housewifes! como é obvio assim que dei com um quiz na net para ver qual a deseperate housewife que foi concorri logo e sabem o q deu?
DHlynette
Congratulations! You are Lynette Scavo, the
ex-career woman who traded the boardroom for
boredom, mixed with moments of sheer panic as
the mother of four unmanageable kids.

Which Desperate Housewife are you?
brought to you by

tão vão a ver, é por isso que é melhor não ter nenhum! :P lol
uma coisa é certa, tenho algumas coisas da LYnette, adoro trabalhar, sou uma career women e também não deixo problemas pendentes, há sempre forma de os resolver ;)
beijos a todos

aqui vos deixo um poema que li pela primeira vez já lá vão uns anos, que agora re-pesquei e que nunca deixou de me tocar particularmente, talvez porque tenho vivido a minha vida nesta constante urgência...
Urgentemente
É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

Eugénio de Andrade

segunda-feira, junho 13, 2005

as tristezas do dia

Num dia como o de hoje é díficil não parar para pensar em algumas coisas... Acredito sinceramente que o país está de luto e tem que estar. Apesar de não ter uma proximidade ou simpatia particular a qualquer das figuras que morreram ou foram enterradas hoje, penso que elas foram de grande importância e jogaram paéis fundamentais para o páis e para a identidade nacional.
em primeiro o Vasco Gonçalves, sem ele o 25 de Abril não teria passado de uma revoluçãozeca, sem agravos nem consequência, foi ele que ajudou a dar corpo à democracia em que vivemos hoje, pois ajudou a criar legislação e infra-esturturas do sistema que temos hoje. Se isso foi bom ou mau? Se valeu a pena ou não? Isso cabe a cada um de nós refletir, certo porém é que este homem modificou a história do nosso país e merce de nós o nosso apreço e considereração.
relativamente ao àlvaro Cunhal, o que fascina e reulsa nesse homem é a sua obstinação. Acho que essa foi a sua arma para sobreviver mas também para destruir. sempre fui uma pessoa de convicções e crenças, mas é-me dificil imaginar alguém que atravessa o que ele atravessou e mesmo assim manter-se inabalavelmente fiel. mesmo quando o "muro" desabou ele persistiu. uns dizem que morreu infeliz porque percebeu que o comunismo morreu, verdade ou mentira? não sei. mas confesso que fascina-me e intriga-me esta capacidade de dedicação, não interessa ao quê, interessa-me o mecanismo.
por último penso no Eugénio de Andrade, grande poeta e escritor português (que por erro gráfico do meu livro de português do 12º pensava que estava morto desde 93), ao qual nunca dediquei grandes leituras mas que confesso que as poucas que dediquei gostei bastante!
nos poemas intriga-me sempre esta capacidade que têm de me fazer sentir próxima deles. é como se lhes conhece-se os meandros da alma e isso faz-me sentir próxima, como se os pudesse tratar por tu. talvez porque todos todos somos feistos de fraqueza de existência humana e isso aproxima-nos. não sei.. só sei que sinto sempre a morte de um poeta ou escritor, como uma perda inabalável e como a perda de uma oportunidade de qualquer coisa boa que ainda estava para acontecer. também porque o meu coração patriota, sente como se tivessem partido das melhores peças do espólio nacional, daqueles irrecuperáveis e que não queremos quebrar.
Por tudo isto, penso que Portugal hoje está em grande perda.