bom ano!

ah e já agora... Bom ano para todos, que 2006 vos brinde com toda a felicidade que desejarem...
beijos

Ao fim de algum tempo de ausência, o regresso... Confesso que não tenho tido grande vontade de escrever no blog. não que a minha vida não esteja recheada de sentimentos, pensamentos e ideias, simplesmente é-me complicado coloca-las "em papel".
O Natal foi maravilhoso! Estive com quem amo, comi os doces que com o meu esforço fiz, recebi os melhores presentes do mundo e consegui ser generosa e fazer feliz (com as prendas) os que me rodeiam. Basicamente vivi o Natal em pleno como ja não conseguia há 3 anos e isso faz-me verdadeiramente feliz!
Percebo claramente, apesar de parecer um lugar comum, que a felicidade é composta de momentos destes.

Relativamente às leituras, estou agora a ler a "Bica Escaldada" da Alice Vieira, que é uma verdadeira delícia. Como diz a própria autora, para ler entre dois goles de café quente em dia de Inverno.

Encontrei finalmente esta semana um livro que procurava já há muitos meses. Por estranho que pareça vi-o na Oprah e fiquei curiosa de ler. Chama-se Cry my Beloved Country e o autor é o Alan Paton. A narrativa decorre na África do Sul nos anos 40/50 e naturalmente retrata as descriminações rácicas que ocorriam neste país nesta época. Sei que o prémio Nobel da Literatura de há 2 anos (ou será 3?) também remete para estes cenários mas tinha vontade de ler este livro.
Encontrei-o nessa bela livraria que à a Fnac do Chiado, onde de vez em quando encontro assim relíquias. :) vou ler e depois, conto-vos se valeu a pena ou não, a história.

ah e já agora vejam os Diários de Che Guevara, o fim está fantástico!

o natal e as prendas

O Natal é maravilhoso! Desde pequenina que adoro o Natal. Gosto de tudo, das luzes, das canções, das cores, da alegria, e claro está dos doces. Lembro-me de me sentar por baixo da árvore de natal e ficar horas a contempla-la. Era o extase! Ficava ali durante hoas, muda, fascina com as mudanças de luz e com os vários tons que a árvore assumia. Cresci e apesar disso, não consigo evitar, todos os anos, sentar-me no chão, por baixo da árvore de natal a ver as luzes.
há quem diga que o natal perdeu o encanto, porque agora se resume a correrias consumistas em que todos se preocupam se a prenda é "suficientemente boa". De facto, é dificil perceber o espírito do natal quando se entra num shoping e se vê as pessoas à bulha pelo ultimo lugar do estacionamento, ou a fazer verdadeiras corridas de atropelo para comprar aquele ultimo perfume da promoção ou ainda quando em plena véspera de natal um senhor grita com a empregada da padaria porque o bolo rei está um pouco queimado. A verdade é que as pessoas se preocupam com a perfeição do natal, sem atender a verdadeira riqueza da época. a prenda tem de ser a perfeita e mais cara, o bolo rei tem de ter o momento de cozedura perfeito, a família tem de se entender e conviver nem que seja á lei da rolha....
o que as pessoas se esquecem é que o Natal é o tempo dos afectos. A prenda tem de ser perfeita e para isso basta que diga " eu gosto de ti e procurei agradar-te desta forma". para mim, a verdadeira prenda de natal, não pode ser útil ou funcional, tem que ser um mimo. tem que dizer, amo-te! senão qual é a lógica...? o Natal é efectivamente o tempo das extravagâncias, porque é o tempo de mimarmos as pessoas de quem gostamos. nem sempre ao longo do ano temos a possibilidade de juntar dinheiro para comprar as coisas que realmente nos dão prazer, daí que este é o momento de excelência. mas para que isto faça sentido, é preciso que tenhamos verdadeiro prazer na compra... e isso é dificil se estivermos a atropelar ou a tratar mal alguém..
e já que vão dar prendas, deixem-se de prendas politicamente correctas, dêm a quem amam e deixem-se de tretas!