segunda-feira, novembro 27, 2006

crianças de risco

Todos nós já ouvimos falar em crianças em risco. Todos nós já ouvimos falar em crianças com famílias difuncionais, crianças que moram em sítios feios e que nem sempre têm dinheiro para comprar brinquedos. Concerteza que todos nós ja pensamos em ajudar e talvez tenhamos dado dinheiro a um qualquer projecto de ajuda.
Porem poucos de nós sabemos que por detrás desta entidade das “crianças de risco” se escondem crianças reais, que tal como as outras têm desejos e sonhos, têm dificuldades iguais e personalidades distintas.
Por detrás desta entidade, está a doce Liliana, a esperta Maria João, o reservado Paulo, o vivo Bruno, o atento João, o delicioso Ronaldo, o contrariado Raúl, a sorridente Vanda, a ternurenta Nádia… entre outros.
Muitas vezes associado a estas crianças com dificuldades sociais e emocionais está a fatalidade do insucesso, como que uma praga da qual não podem escapar. O que poucos sabem é que aos 11 anos a Maria João está a ler “os direitos das mulheres” e sabe as dinastias todas que aprendeu na escola. A mim, parece-me um bom augúrio.
Tal como as outras crianças, também estas sabem de cor as musicas da Floribella, também elas gostam de brincar e de jardins bonitos, mesmo que não os tenham por perto. Também eles gostam de futebol ainda que o campo lá do bairro esteja todo esburacado.
Enfim também estes miúdos são crianças como todos os outros…

sexta-feira, novembro 24, 2006

Em dias como o de hoje, chuvosos, em que andamos carregados com malas, chapeus, com um bocadinho de sorte, pastas nas mãos e afins acessórios, é dificil;mas há dias em que realmente gosto de andar de transportes públicos porque são, sem dúvida, um verdadeiro laboratório de essência humana. Vê-se de tudo!
Esta semana tive dois bons exemplos disso.
Como já todos devem saber, há 2 dias houve um acidente na linha de cascais que fez com que a circulação estivesse restrita por algumas horas.
Pois eu fui uma das pessoas apanhadas nessa confusão. Soube com antecedência mas ainda assim resolvi ir para o cais do sodré. Disposta já a esperar, fiquei surpreendida quando vi que existia circulação. Subi à plataforma inocentemente pensando que poderia apanhar o comboio que ia sair da linha 5 com destino a todas as estações. Quando lá cheguei perdi a esperança. Não cabia nem mais uma palhinha no comboio. Tal como eu, várias pessoas andavam erraticamente pelas redondezas do comboio, quando anunciaram que saíria de seguida outro comboio da linha 6. Ora, entre a linha 5 e a 6 só há carris, era preciso contornar a linha pela zona das bilheiteiras. Posso-vos garantir que poucas vezes vi tanta gente correr assim! Num desespero verdadeiramente desesperado começou tudo a correr. E foi aqui que vi de tudo, houve senhoras de saltos que corriam sabe deus como, houve quem atropelasse, esgueira-se e ainda quem se tenha atirado à linha para chegar lá mais depressa. Posso-vos assegurar que foi uma cena verdadeiramente cómica. Olhei para aquele cenário e percebi que não queria ser estrela daquele filme, pensei então procurar onde me sentar.
Calculei eu que, com a espera a que todos estavamos dotados, que os bancos da estação estariam cheios, pois não foi o meu espanto que estavam vazios. O mais engraçado é que mesmo depois do comboio da linha 5 e da linha 6 terem partido eles continuavam vazios. Sentados, só eu, outra rapariga e um velhote com ar de "louco de lisboa", os outros andavam perdidos, sem rumo, de linha em linha...
Parece que quando se tira o previsível às pessoas, que elas ficam perdidas, como se o imprevisto fosse uma catastrofe.
Pouco depois decidi sentar-me num comboio qualquer, aleatoriamente, sorte das sortes, foi o que andou de seguida. E aí fui eu, sentada e quieta, acompanhada do meu livro até ao meu destino.

o outro episódio fica para próximas núpcias ;)

domingo, novembro 19, 2006

os católicos que me perdoem...

A discussão era sobre o trabalho de parto e as dores. Era uma aula e eu estava quase a dormir. A minha colega do lado, igualmente adormecida, levanta então a seguinte reflexão:
-será que a Virgem Maria teve dores de parto?
- è uma boa questão... (disse eu com cara de parva), se ela teve um filho sem... pois que é capaz de não ter tido dores, tudo é possível...
- (fica com um ar pensativo)... já sei! não teve!!
- Porquê?
- Então se tivesse tido, o burro e a vaca teriam fugido!
- Bom ponto! e para alén disso, os reis magos tinham chegado mais depressa!

Eu diria que a loucura ataca qq um... até nós!

roubei aqui ao lado...

"O ano está prestes a acabar e tenho ainda tanto para fazer, dizer, ouvir, aprender, ver, experimentar! Tanto ainda para sentir! Acabo por concordar com a Madonna numa coisa: no time to hesitate. A vida é demasiado curta e veloz para vivermos tudo aquilo a que temos direito. Não quero que o tempo passe sem que eu dê por ele (tick tick tock it's a quarter to two!) e, por isso, está na hora de aproveitar o mês e meio que ainda resta deste ano e fazer com que ele valha a pena. Porque cada ano que vivemos é um privilégio que nos é concedido e que não podemos, de modo algum, desperdiçar. ;)"
Mente Assumida

segunda-feira, novembro 06, 2006

Na sexta feira vi uma coisa incrível e gostaria de saber se mais alguem viu ou se fui eu que enlouqueci e esqueceram-se de me avisar.
Ia eu pela manhã a passar nos semáforos do cais do sodré, quando olhei para o lado e vi um senhor de seus 30 e qq coisa anos, moreno, apoiado em duas muletos, com uma perna com ligaduras e com um ar chateadissimo. No peito tinha um cartaz, o meu pensamento imediato, claro está, foi que se tratava de algum pedinte, daqueles que conta a história da sua vida por escrito para poupar palavras ou para poupar o português reboscado. A minha veia cusca não me permitiu deixar de ler o cartaz e aí é que surgiu o meu espanto. o cartiz dizia "procura-se Mou F para sexo anal. oferecesse serviço de "limpeza"" Penso que o cartaz dizia mais qualquer coisa mas já não consegui ler devido à velocidade. Achei no minimo hilariante, um pouco surreal mas hilariante.
Se mais alguem viu, acuse-se por favor! é que continuo a achar que não foi uma experiência muito real... e, claro está, gostaria de saber o que mais dizia o cartaz! :P